Caála - A administração do município da Caála, província do Huambo, encerrou hoje, quinta-feira, a ceita religiosa Kalupeteka, por estar a exercer ilegalmente as suas actividades nesta circunscrição.
Ao anunciar o facto à Angop, o administrador local, Victor Tchissingui, explicou tratar-se de uma decisão tomada pelo governo provincial, por considerar que algumas práticas desta ceita são contrárias aos ideais das autoridades governamentais.
Lembrou que esta manhã a administração retirou na povoação do São Pedro Sumi, neste município, 600 membros desta ceita, provenientes do município do Balambo, província do Benguela, que viviam no local sem as mínimas condições básicas.
Informou que durante os 30 dias de permanência dos mesmos, num ritual da ceita, a administração teve que apoia-los com bens alimentares e assistência médica e medicamentosa.
"Declaramos oficialmente, hoje, o encerramento da ceita religiosa Cristã do 7º Dia, a Luz do Mundo, fundada pelo cidadão José Kalupeteka, em 1998, e que iniciou as suas actividades em 2007, tendo actualmente 3.700 seguidores no país", informou.
Victor Tchissingui deu a conhecer ainda que os seguidores da ceita “Kalupeteka” criaram, desde a sua fundação, vários problemas sociais na província do Huambo, desde a recusa ao Censo, destruição do patrimonio histórico e cultural, além de não aceitarem que as crianças sejam vacinada e frequentem aulas.
O jurista José Carlitos Manjanta, entrevistado para reagir a esta decisão, considerou legal a medida, já que, segundo disse, trata-se de uma denominação religiosa não reconhecida pelo Governo e que, além do mais, tem estado a criar uma certa instabilidade na sociedade.
“Cada cidadão é livre em seguir a sua profissão religiosa, mas estas por sua vez devem seguir os instrumentos jurídicos presentes na nossa Constituição, para promover a organização social e a preservação da paz em combinação com os objectivos do governo”, argumentou o jurista.
O fundador da ceita, José Kalupeteka, apesar de se mostrar inconformado e descontente, prometeu cumprir com a decisão das autoridades.
O fundador da ceita, José Kalupeteka, apesar de se mostrar inconformado e descontente, prometeu cumprir com a decisão das autoridades.
Fonte: Portal Angop
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