Somos jovens com a visão ocultada, bloquearam os nossos ideais com o conformismo, não percebemos a diferença que há entre a liberdade e o colonialismo, somos a geração da utopia, a geração que estuda mas não investiga, somos nós os jovens banhados pelo preconceito racial, jovens com ideias críticas no coração mas a nossa boca só sabe bajular, somos os quadros com diplomas encostados, somos nós a geração do anda para, a geração perdida.
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UNITA denuncia que jovem activista Nito Alves é vítima da perseguição do regime

Luanda - Em vésperas do julgamento do jovem activista Nito Alves, uma das vítimas da perseguição do regime, pelo seu activismos cívico e exercício do direito de manfisetação plasmado na Constituição da República de Angola, o Grupo Parlamentar da UNITA exprime o seguinte:

Fonte: UNITA

1-Condenar o julgamento de cidadãos cujo único crime, é o de exercerem os seus direitos de cidadania, constitucionalmente consagados;

2- Exigir que os órgãos de justiça pautem pela isenção e se subordinem às leis que regem o Estado Democrático e de Direito, evitando sentenças de pendor politico- partidário;

3- Exigir que sejam igualmente julgados os autores das detenções arbitrárias e espancamentos contra activistas cívicos, pois a agressão física e psicológia é um crime punível pela lei.

O Grupo Parlamentar da UNITA observa com preocupação a um aumento de actos de violação dos direitos humanos praticados por agentes da autoridade do Estado, quando estes deviam estar ao serviço dos cidadãos.

A bem do respeito pela dignidade humana e para a salvaguarda das conquistas democráticas alcançadas, o Grupo Parlamentar da UNITA espera que sejam respeitadas as liberdades e direitos fundamentais e, condenados os verdadeiros criminosos e violadores dos direitos civis, políticos e económicos dos cidadãos.

A UNITA defende a vida, a liberdade, a justiça social e a solidariedade como valores inestimáveis da humanidade.

Luanda, 18 de Junho de 2014

O Grupo Parlamentar da UNITA

Julgamento de Nito Alves continua em Julho

Processo teve que ser interrompido devido ausência de três testemunhas.

O julgamento do jovem Manuel Chivonde Nito Alves, que decorreu durante toda manhã desta quinta-feira, 19, no Tribunal Municipal de Viana, foi interrompido e terá continuidade no dia 01 de Julho. O activista está a ser julgado num processo que vem desde o ano passado por acusação de crime contra os órgãos de soberania, ao ter mandado imprimir várias t-shirts com slogans contra o presidente José Eduardo dos Santos.

Segundo o advogado de Nito Alves, o também defensor de Direitos Humanos, David de Mendes, o julgamento teve que ser interrompido “porquê há três pessoas que se acharam necessário vir depor, particularmente, os agentes da polícia que detiveram o jovem, no dia 12 de Setembro de 2013 “.

Para David de Mendes, “daquilo que os declarantes que apareceram até ao momento disseram, não há nada que incrimine o Nito Alves. Os agentes que foram depor nem sabiam porque estavam no local”, declara, acrescentando que vai manter a mesma linha de defesa para o dia 01.

Centenas de pessoas reuniram-se a frente do tribunal enquanto o jovem estava a ser julgado. O julgamento foi público, mas, segundo David de Mendes, devido ao espaço da sala, apenas poucas pessoas puderam acompanhar, entre elas, alguns profissionais da imprensa.

Integrantes do Movimento Revolucionário que estavam na frente do prédio disseram terem sido impedidos de permanecerem no local devido aos dizeres das t-shirts que vestem. Em entrevista ao Rede Angola, durante o julgamento, o membro do Movimento Revolucionário, Adolfo Campos, disse que haviam sido barrados e “estavam do lado de fora sem informação alguma”.
Houve reforço no aparato policial. Em relação a expectativa, Adolfo Campos diz que “não tem razão nenhuma de deter o miúdo. Aquilo que meteu na camiseta já foi absolvido. Esperamos que ele saia em liberdade. Se deterem o miúdo o Movimento Revolucionário não vai parar. Vamos continuar nas ruas a pedir que haja justiça no país”, declara.

Histórico

Actualmente com 18 anos, Nito Alves diz não ter medo de enfrentar o tribunal e apelou ao presidente angolano José Eduardo dos Santos no sentido de uma revisão de atitudes, caso contrário poderá ter de enfrentar o tribunal penal internacional.

“Eu, Manuel Nito Alves, aconselho ao Eduardo dos Santos a ser mais humano. Se continuar assim pode ser levado ao tribunal internacional ou acabar como o Kadaf”, disse em entrevista à Voz da América.

O activista disse ainda que as causas que defende tornaram-no mais forte para enfrentar o banco dos réus: “Estou sereno e frio, não temo as intimidações do governo, por isso, estarei no banco dos réus para ser julgado e ouvir a decisão do juiz”.

Nito Alves foi detido a 12 de Setembro de 2013 e solto com Termo de Identidade e Residência, no dia 8 de Novembro do ano passado, depois de ter estado alguns dias em greve de fome.

Larama pode ser deputado, diz Jornal República

Larama é uma das figuras mais popular entre os candidatos do Big Brother Angola 2014. Devido a popularidade, faz com que esta figura mediática do reality show, passa a ser um representante democrático, segundo as informações de Jornal República na sua edição desta semana. 

O Jornal Explica que Larama é indivíduo engraçado ou controverso, ninguém consegue ficar indiferente, e à forma peculiar como ele se dirige aos restantes Brothers do apartamento Baía Azul. o semanario indica que qualquer partido poderá usufruir da popularidade do mesmo fazendo o convite para se afiliar.

Durante o reality show, já vimos Larama chamar Sandra e Suzete de feias, dar conselhos sobre dores menstruais, criticar Sandra pela forma “indecente” como esta estava, entre outras frases ditas, faz com que Larama liga o “Software”.

Empresa australiana confirma descoberta de diamantes em nova exploração angolana

Empresa australiana confirma descoberta de diamantes em nova exploração angolana

Luanda - A diamantífera australiana Lucapa Diamond Company anunciou a existência de um importante campo de diamantes na nova exploração na região do Lulo, no norte do país.

Fonte: Lusa 

De acordo com informação da empresa, à qual a Lusa teve hoje acesso, a prospeção permitiu confirmar o potencial diamantífero no kimberlito Se251, naquela concessão, depois de recuperados quatro diamantes, de diferentes dimensões, entre as primeiras amostras analisadas.

Com uma superfície de aproximadamente 220 hectares, a área potencial de prospeção da denominada Se251, segundo a empresa, será o "maior" campo de kimberlito (espécie de rocha magmática com diamantes) identificado na concessão de Lulo, de 3.000 quilómetros quadrados, na província angolana da Lunda Norte.

Na mesma informação, o diretor da Lucapa, Miles Kennedy, considera a recuperação destes diamantes entre as amostras como "extremamente importante" por indicar, "sem qualquer dúvida", que este "enorme canal" em análise "é, de facto, diamantífero".

"A Lucapa levou seis anos para chegar a este ponto, que é apenas o início do caminho que ainda temos pela frente", apontou Miles Kennedy, afirmando tratar-se de um canal que deverá conter "diferentes tipos de diamante".

A concessão, cujos direitos de exploração foram prorrogados em março de 2013 pelo Governo angolano por mais dois anos, até junho de 2025, pode assim acolher um grande campo de kimberlito e está localizada a cerca de 150 quilómetros a oeste da mina de diamantes de Catoca, a maior produtora nacional e a quarta maior do género no mundo.

"A Se251 foi considerada como alvo de exploração prioritária pela Lucapa desde que a equipa geológica identificou o canal de kimberlito como provável origem do maior e mais valioso diamante de aluvião recuperado da mesma área na concessão de Lulo", lê-se na informação da empresa, agora divulgada.

Em janeiro passado, a empresa australiana anunciou a descoberta de um diamante branco de 32,2 quilates, com a forma de um dodecaedro irregular.

A Lucapa vendeu até maio passado seis milhões de dólares australianos (mais de quatro milhões de euros) em diamantes de aluvião recuperados durante a fase de exploração em toda a concessão de Lulo, a 750 quilómetros da capital Luanda.

Dados da indústria diamantífera mundial apontam Angola como quinto maior produtor de diamantes, mas a sua produção representa apenas 8,1 por cento do valor global mundial.
Depois do petróleo, os diamantes são o segundo principal produto de exportação de Angola.

Ativista nos EUA faz pedido de desculpa por comparar JES a Hitler

Ativista nos EUA faz pedido de desculpa por comparar JES a Hitler

Washington - Jorge Manuel Seixas, um conhecido ativista angolano baseado nos Estados Unidos da América, apresentou desculpas publicas por ter comparado o Presidente da República, José Eduardo dos Santos ao malogrado ditador alemão Adolf Hitler. A comparação feita mereceu repulsa de vários sectores pró-regime dentre os quais a do militante do MPLA, na Europa, David Pedro Mandavid.

Fonte: Facebook

“Gostaria de registar o meu pedido de desculpas a todos aqueles a quem eu ofendi incluindo a Embaixada de Angola aqui nos Estados Unidos da América pela a comparação que fiz entre José Eduardo dos Santos e Adolf Hitler”, le-se na mensagem do activista difundida nas redes sociais.

Segundo o mesmo “Eu percebi que até mesmo Adolf Hitler não ficaria feliz em ser comparado a um homem negro, porque Adolf Hitler não matou o seu próprio povo, ele só matou judeus e José Eduardo dos Santos está assassinando seu próprio povo e que a comparação não seria justo por qualquer padrão. Embora ambos são criminosos, um está sendo salvo pelo petróleo e à espera de um angolano prudente e corajoso que conhece a linguagem jurídica para iniciar o processo criminal, e outro desapareceu.”

O Homem passou a ser mais fraco no campo investigativo-científico

"O Homem passou a ser mais fraco no campo investigativo-científico, quando passou a considerar as descobertas dos outros como adversas as suas descobertas"
( Oleg Ignatievh)

Lição:
Não perca tempo invejando a capacidade intelectual do seu próximo, lute por suas descobertas pois quanto mais o invejares, mais êxitos ele terá e você permanecerá na ignorância.
#mais_1passo_para_mudança
Não admitir derrotas e querer vencer, é uma das formas de fracassar

Não admitir derrotas e querer vencer, é uma das formas de fracassar

"Não admitir derrotas e querer vencer, é uma das formas de fracassar"
-A vida é rotativa e quem aceita colher o que plantou, ganha experiência de melhorar na próxima plantação e consequentemente terá uma óptima colheita.
REFLEXÃO!
#mais_1passo_para_mudança
Não existe amigo verdadeiro nem falso

Não existe amigo verdadeiro nem falso

"Não existe amigo verdadeiro nem falso, há sempre um lado falso nos verdadeiros e um lado verdadeiro nos falsos"
Amigo de verdade é utopia eis a razão dos grandes pensadores insistirem que há sempre um interesse nas relações amigáveis.

REFLEXÃO!
#mais_1passo_para_mudança

Luanda: Casal de namorados mata jovem de 21 anos

Luanda - Ivânia Danila e João Machado, namorados, são alegadamente os protagonistas de uma história de crime, revelada esta quinta-feira pela Rádio Luanda, que podia ser o roteiro de um qualquer filme norte-americano. No dia 22 de Abril, os dois jovens realizaram um sequestro que acabou em morte e cujo motivo parece ter sido extorsão de dinheiro e de uma viatura.

Fonte: SAPO

Questionados pela polícia e por jornalistas, o casal conta a versão dos factos com naturalidade. Ivânia Danila e João Machado pediram boleia a José António, a vítima, com o intuito de assaltá-lo. Os jovens, que se encontravam armados, decidiram atacar o homem e conduzir o carro até decidir o que fazer com a vítima. Ivânia levou o carro até uma zona com casas inacabadas e, entre os lamentos de José António que implorava pela vida, João faz perguntas ao mesmo e fica a saber que José António vive em Cacuaco com mulher e duas filhas.

Ao que parece, o casal tinha em sua posse uma declaração de compra e venda de automóvel e queriam que a vítima colocasse o carro em nome deles. Outro dos pedidos foi o código do cartão multi-caixa. Segundo Ivânia, João liga para o dono de uma arma, Mingau e avisa que não seria boa ideia deixar a vítima viva, pois já tinha visto os seus rostos.
João sufoca o homem para que desmaie e, depois de pedir a Ivânia para aumentar o volume do som do carro, dá um tiro no pescoço da vítima, que ainda em vida continua com as suas lamentações.

Ivânia leva o carro até ao Futungo, Luanda, até encontrarem uma praia. Tirando o homem do carro, vão até à beira do mar, João volta a disparar e a vítima ainda em vida é levada com a correnteza do mar.

O passo seguinte foi retirar 40 mil do multi-caixa e ter com Mingau para limparem o carro. O mesmo sugere que queimem o carro pois poderá ser procurado pela polícia: “Eu e o Jõao discutimos porque o João quis andar com o carro e a ideia era desfazermo-nos dele. João, entretanto, deu conta que o carro já não estava no sítio onde tinha deixado. Foi aí que achamos que estava tudo perdido“, confessa Ivania no relato transmitido pela Rádio Luanda. Ao que tudo indica, a própria polícia terá encontrado o carro o que levou posteriormente à detenção dos alegados criminosos.

O crime incluiu o roubo de dois relógios, uma mascote e um fio de ouro, dois telefones e dois ténis. A vitima, José António, desapareceu no dia 22 de Abril e era um mini-empresário dentro dos negócios de compra e venda de viaturas. Os suspeitos já se encontram detidos à espera da sentença.


Rafael Savimbi defende uma "nova Angola" cumpridora dos Direitos Humanos

Rafael Savimbi defende uma "nova Angola" cumpridora dos Direitos Humanos

O filho do falecido Jonas Savimbi defende que Angola se deve basear numa democracia efetiva. Rafael Savimbi integra uma delegação que visita Portugal e Espanha, chefiada por Raúl Danda, que procura apoios para a UNITA.

A violência praticada pela polícia contra jovens revolucionários que protestam contra a governação do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, a repressão às manifestações, as prisões arbitrárias e os atos de intimidação da população em Angola inquietam Rafael Massanga.

Rafael Massanga Savimbi é um dos filhos de Jonas Savimbi, ex-líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), morto em fevereiro de 2002, após uma longa perseguição levada a cabo pelas Forças Armadas Angolanas.

Rafael Massanga Savimbi, secretário para a mobilização urbana da UNITA, principal partido da oposição naquele país africano, sublinha que o direito à manifestação está consagrado na Constituição.

“Fazer manifestações em Angola é um direito que está na Constituição angolana”, frisa.

“Mas quando essas manifestações são reprimidas violentamente, então os que as reprimem é que estão a violar a Constituição. É normal que a Polícia Nacional e todos os órgãos envolvidos na segurança intervenham, porque devem garantir a tranquilidade, ordem e bem-estar. Mas quando estas forças partem para a violência, em geral física, é uma pena”, acrescenta o dirigente da UNITA.

Direitos Humanos são a prioridade

Obrigatoriamente nascido envolto no contexto político angolano, Rafael Massanga Savimbi, hoje com 36 anos, estudou gestão de empresas numa universidade do Gana. Os Direitos Humanos são, aos seus olhos, o assunto dominante.

“É uma questão preocupante… Hoje estivemos a visitar uma fundação que nos deu algumas cartilhas. Uma delas falava nos Direitos Humanos, mas outra falava nos Deveres Humanos. Significa que há direitos e deveres. Quando abordamos esta questão, estamos a falar sobretudo da proteção da vida humana. Nós temos que respeitar a vida independentemente da cor partidária, da religião… Temos de cultivar a tolerância, não só em Angola e África, mas também no mundo”, sustenta.

Em relação ao caso concreto angolano, Massanga Savimbi defende uma mudança estrutural para resolver os problemas da situação corrente.

“Só resta uma mudança do regime... Só assim o povo de Angola sentirá a diferença entre o que se vive hoje e o que se viverá quando outro assumir o poder”, explica.

“Precisamos de educar todos os que fazem parte deste processo. Estou a falar em particular da polícia, que é uma polícia nacional, republicana, de Angola, que tem de servir os angolanos e garantir a tranquilidade e a paz e não a violência contra os seus cidadãos”, alerta.

À procura de apoio político

Na qualidade de secretário nacional da UNITA para a mobilização urbana, Massanga Savimbi quer interagir mais com as cidades, com o “casco urbano” como lhe chama, depois de vários anos circunscrita às zonas rurais. O objetivo é mobilizar a sociedade angolana e fazer passar a mensagem partidária para atrair mais militantes e eleitores.

No longo percurso da vida do partido, que completa 50 anos em 2016, o dirigente reconhece que tem havido momentos altos e baixos. Recorrendo a uma metáfora, considera que a política não é para velocistas e acredita que a UNITA é um partido maratonista e resistente.

“A UNITA já teve muitos bons momentos, mas também já teve piores. O que estamos a viver hoje é um momento de recuperação. Tenho a certeza de que dias melhores ainda virão. Olho com bons olhos e segurança o futuro da UNITA. Angola só poderá caminhar e ter um futuro verdadeiro se aprofundarmos o processo democrático”, afirma.

Na semana passada, numa conferência no Parlamento português, em Lisboa, Rafael Massanga Savimbi pediu apoio aos amigos de Angola e da UNITA para que seja possível concretizar o desejo do partido e familiares com vista à transladação do corpo de Jonas Savimbi para a sua aldeia natal, Lopitanga, município de Andulo na província do Bié. O objetivo é a realização de um funeral com dignidade.

DW.DE


Angola precisa diversificar economia e promover a transparência



Angola precisa diversificar economia e promover a transparência

A necessidade da sucessão do Presidente da República há 34 anos no poder é outro ponto do relatório social da UCAN em 2013.

Angola dificilmente conseguirá obter sucesso com o programa de diversificação da sua economia se não criar salários compatíveis ao custo de vida dos cidadãos.

Esta é uma das muitas conclusões do relatório económico angolano de 2013 na visão do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola (CEIC).

Para além deste relatório a Universidade Católica apresentou também o seu relatório social referente ao ano de 2013.

De acordo com a apresentação do relatório económico de 2013 por parte do professor da Universidade Católica Alves da Rocha, é preciso que haja mais transparência no tratamento dos dados por parte do Executivo.

O economista falou igualmente da necessidade de se melhorar os níveis de salários que se praticam em Angola, para que o programa de diversificação da economia seja sustentável.

Para o economista Carlos Rosado de Carvalho é necessário que os dados económicos não sejam guardados a sete chaves pelas autoridades do país sob pena das políticas publicas estarem sujeitas a fracassos sucessivos.

"Que decidam com base em informações fiáveis, eu costumo dizer que admiro muito os governantes que decidem sem informação pois eventualmente por isso é que as nossas políticas públicas depois não tem os resultados que se pretendem atingir", diz Carvalho.

Quanto ao relatório social de Angola referente a 2013, o documento concluiu que falta no país o hábito de se avaliar as políticas publicas, segundo o professor Nelsom Pestana Bonavena principalmente da parte do Governo:
"Normalmente as políticas públicas em Angola não são avaliadas mesmo pelo próprio executivo".

As varias manifestações de contestação a violações de direitos fundamentais dos cidadãos marcou o ano de 2013 na visão do relatório da UCAN, bem como exigências de melhorias salariais dos trabalhadores.

A necessidade da sucessão do Presidente da República há 34 anos no poder é outro ponto do relatório social da UCAN em 2013.

"Durante o ano de 2013 criaram-se várias preocupações porque o Presidente da República ausentou-se do país por 40 dias, o que levantou inquietações e especulações sobre a necessidade da sucessão do Presidente da República", afirma Nelsom Bonavena,

Este é o quarto ano consecutivo que a Universidade Católica lança os relatórios económicos e sociais do país.

Governo Angolano endivida-se lá fora para ‘tapar’ queda nos petrodólares

Governo Angolano endivida-se lá fora para ‘tapar’ queda nos petrodólares

Nos primeiros quatro meses deste ano, as receitas petrolíferas caíram 150 mil milhões Kz, prevendo-se que, em dois anos, caiam 850 mil milhões Kz. O Executivo lançou recentemente uma ofensiva diplomática para assegurar que o País continue com os projectos através do financiamento internacional.

O Estado já assegurou, através das linhas de crédito comprometidas com várias instituições internacionais, que a queda de receitas do petróleo, estimadas em 450 mil milhões Kz (4,5 mil milhões USD), sejam cobertas, em parte, pelos 560 mil milhões Kz já assegurados.

A ofensiva diplomática que o Executivo tem realizado com vários países, como Estados Unidos, China e França, e também com as instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial ou o Banco Africano de Desenvolvimento, já permitiu a Angola assegurar uma liquidez superior a 560 mil milhões Kz (cerca de 5,6 mil milhões USD) e que vai permitir ao País continuar os projectos de infra-estruturas.

Estas linhas de crédito surgem num momento em que as receitas do petróleo continuam a cair desde 2012, nem tanto por causa do preço do crude a nível internacional mas, sim, por causa de uma quebra de produção dos poços, uma situação que, segundo vários estudos, irá continuar até 2017.

Expansão / AO24

Juventude da CASA-CE protesta contra mortes de jovens

Juventude da CASA-CE protesta contra mortes de jovens

A Juventude Patriótica de Angola em Luanda, braço juvenil da CASA-CE, diz-se preocupada com o índice de assassinatos de jovens na capital angolana e apela ao que considera fim das matanças.

Damião Zua Neto, de 27 anos de idade, Cosmo Pascoal Muhongo Kicassa, 25 anos, e Manuel Tiago Contreiras, 26 anos, este último estudante, integram o grupo das últimas mortes de que são acusados elementos ligados ao Governo angolano.

Além Cassule e Kamolingue, os dois activistas assassinados quando tentavam organizar uma manifestação em apoio aos ex-militares, pouco são os casos que chegam ao tribunal para o respectivo julgamento.

O caso de Manuel Hilbert de Carvalho Ganga, morto a tiro no dia 23 de Novembro de 2013 por elementos afectos à Unidade da Segurança Presidencial de Angola, parece esquecido e ninguém fala mais nele.

Segundo Serafim Kapembe Lourenço Simeão, responsável político da Juventude Patriótica em Luanda, a organização continua preocupada com as súbitas matanças no país:

“Temos os casos de Cassule e Kamolingue, depois o do Ganga e agora mais estes três jovens independentes, por isso devemos alertar a juventude sobre esta acção do regime angolano”, disse Simeão.

Aquele responsável afirma ainda que a maior preocupação é o facto de o presidente angolano José Eduardo dos Santos defender nos seus discursos a não existência da pena de morte enquanto os seus subordinados continuam a matar civis.

Ministério do Ensino Superior suspende cobrança de propina nas universidades

Ministério do Ensino Superior suspende cobrança de propina nas universidades

Face aos últimos protestos organizados pelos estudantes do ensino superior (nas Universidades Metodista de Angola, Independente de Angola e Metropolitana de Angola), o Ministério do Ensino Superior (MES) orientou esta quinta-feira, 12, em Luanda, as instituições do ensino superior públicas e privadas a suspenderem a cobrança de propinas do mês de Maio até novas orientações.

Cláudio Azevedo, director do gabinete jurídico do MES, esclareceu a polémica surgida em torno da cobrança de propinas, tal facto só deverá ocorrer depois de analisados os relatórios a serem enviados pelas universidades sobre o cumprimento de um instrutivo ministerial.

O mesmo afirmou que só as instituições que comprovarem terem realizado actividades extras durante o período do Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH2014) entre 16 a 31 de Maio deverão, serão autorizadas a promover a cobrança das propinas.

Já em nota de imprensa, o MES avança que será feito o balanço do cumprimento da circular nº 001/GB.MES/2014, de 25 de Abril, em conformidade ao estabelecido no calendário do ano académico aprovado pelo decreto executivo nº 418/13, e 17 de Dezembro.

Na nota, o ministério orienta o retorno às aulas de todos os estudantes, independentemente se tenha ou não pago a propina do mês de Maio. Orienta ainda a prorrogação do período de recepção das candidaturas a bolsas de estudo internas até ao dia 15 de Julho do corrente ano.

Angop


Questões dicotómicas do forum metafísico que mais atarantam a juventude

O que preferes?
1- Uma Guerra justa;
2- Uma Paz injusta.

*Essa é das questões dicotómicas do forum metafísico que mais atarantam a juventude, é das questões mais completas, por ser tripartida.
Traz consigo uma visão social, psicológica e política, requer uma matutação mental.
*Inspiração: Nelson Mandela, Jonas Savimbi, Bin Laden, Agostinho Neto, Nito Alves, Samora Machel, e outros grandes Homens.
Obs: A inspiração é bipartida( positiva e negativa)

#mais_1passo_para_mudança

Polícia Nacional desmente soltura de reclusos internados em estabelecimento prisionais

Polícia Nacional desmente soltura de reclusos internados em estabelecimento prisionais

O Comando Geral da Polícia Nacional desmentiu segunda-feira, em Luanda, que tenha soltado um elevado número de reclusos internados em estabelecimentos prisionais de Luanda.

Segundo o documento distribuido segunda-feira à Angop, a polícia constata que têm vindo a ser difundidas notícias falsas quer em alguns órgãos de informação, como nas redes sociais, que apenas servem para lançar o pânico e a intranquilidade no seio da sociedade.

“Inclusive, têm vindo a ser divulgadas em língua inglesa, informações sobre acontecimentos inexistentes que são disseminados em Empresas Estrangeiras que operam no nosso Território Nacional” - acrescenta a nota.

A Polícia apela a todos cidadãos a serenidade, vigilância e colaboração, bem como denunciarem os malfeitores e todos aqueles que contribuem para a criação de um clima de insegurança.

De acordo com a nota, quanto aos assaltos às agencias bancárias, foram dadas orientações pertinentes no sentido de se dar tratamento aos crimes violentos em estreita colaboração com os demais órgãos que intervêm na administração da justiça, no sentido de garantir a segurança dos cidadãos.

“Nos últimos dias, registaram-se em Luanda, alguns crimes graves que tiveram como alvo preferencial agências bancárias que, lamentavelmente, causaram a morte e o ferimento de alguns cidadãos” – refere o documento.

Deste modo, indica a nota, a Polícia Nacional, através dos seus órgãos de especialidade vem desenvolvendo esforços no sentido do esclarecimento de tais crimes, tendo já detido alguns dos autores confessos dos mesmos e estando no encalço de outros presumíveis autores.

ANGOP

Os Angolanos Ricos: Festas de sexo - onde rolam os petrodólares

Os Angolanos Ricos: Festas de sexo - onde rolam os petrodólares

Praia (Cabo Verde) – Os angolanos ricos estão na classe dos clientes mais frequentes, mas não são os únicos, e têm a fama de “bons pagadores”. Normalmente, chegam num jacto privado e procuram um hotel longe de olhares indiscretos.

O negócio do sexo está em expansão no Mindelo e parece que está a conseguir dar a volta à crise. Se nas ruas, as “meninas que dão café” sentem a falta de clientes, nos salões, nas festas particulares o negócio prospera. Isto devido à procura por parte de homens de negócio ou aventureiros ricos que descobriram no Mindelo o lugar ideal para o turismo do sexo.

Os angolanos ricos estão na classe dos clientes mais frequentes, mas não são os únicos e têm a fama de “bons pagadores”. Normalmente, chegam num jacto privado e procuram um “ hotel longe de olhares indiscretos”. Já têm os contactos das mulheres e ligam para marcar os encontros nos hotéis. “Normalmente vão passando os contactos de uns para outros e já conhecem as meninas. Assim, não perdem tempo à procura”. O cliente sabe o que procura: não quer uma prostituta clássica. Quer uma mulher bonita, muito bonita, com corpo de “avião” que lhe dê a sensação de que foi conquistada.

Mas que pagou não pela mulher, mas pela festa, pelas bebidas, pela alegria, pelo amor. As moças chegam a cobrar 300 a 500 euros por noite fora os presentes. Ninguém sabe ao certo o que são “os presentes”. O certo é que para as “cappuccinas” esses encontros são verdadeiras bolsas de contactos. Algumas já foram convidadas a viajar para Angola de férias, outras conseguiram trabalho, outras continuam a dar “cappucinno” agora em África ao sabor dos petrodólares.

Quem são as moças

Em rigor não se pode dizer que são prostitutas, embora cobrem pelo sexo. Essas, são as meninas que “dão café”, sexo barato. Tão pouco a garota de programas do Brasil. Estas mulheres baptizadas de “cappuccinas”, em analogia ao café expresso italiano e por ser mais caro que o simples café, trabalham, estudam ou são sustentadas por um ou mais “titios”. Outras conhecidas como “cafezeiras” vivem unicamente e simplesmente dos “cafés” e dos “cappuccinos” que vão dando. Mas existem muitas jovens que não são nem uma coisa nem outra. Podem acabar como “cappucinas” ou “cafezeiras”, mas vão a essas festas por prazer, para se divertirem e, ainda por cima, são pagas.

Espaços nocturnos

Os espaços nocturnos na cidade do Mindelo também têm facturado com essa nova clientela. Às vezes, o “organizador” opta por alugar um desses espaços com serviço de bar aberto. Leva as “cappuccinas” e começa a festa. Mais uma. Nas nossa investigação apurámos que “certa vez um grupo de empresários alugou uma boîte na cidade do Mindelo e um organizador contratou mais de trinta mulheres para ‘encherem’ o local”.

Os dados recolhidos nesta investigação permitem chegar à conclusão que Mindelo é um destino do turismo sexual? É claro que sim. E mais: todos os dias surgem novas ofertas de locais e mulheres para animar o mercado crescente dos negócios à volta do sexo em São Vicente. E não é verdade que são apenas os angolanos a animarem esse mercado com os seus muitos petrodólares. Se calhar são os que mais dão nas vistas. Mas portugueses, espanhóis, italianos, descobriram também esse mercado e os que procuram sexo nas férias já conhecem os circuitos. Só não conseguem competir com os angolanos.

Quarenta contos por noite

Dependendo dos dólares que se têm para gastar, mas que normalmente são muitos, a organização de festas particulares já entrou no menu que é oferecido aos turistas do sexo. Normalmente os turistas recorrem a um “organizador” que prepara tudo e recebe por isso.

Os lugares preferidos são vivendas luxuosas com piscina, onde servem comida e bebidas. Uma festa normal. Só que as damas são escolhidas a dedo e chegam a ganhar 40 contos por noite. Sabem ao que vão, sabem o que têm de fazer. Não custa fingir que se está a ser engatada quando há dólares na noite. Muitos dólares.

Portugal deixou a PIDE colaborar com apartheid - Óscar Cardoso.

Óscar Cardoso foi inspector-adjunto da PIDE/DGS. Era o número dois da organização em Angola. Nas savanas do Cuando Cubango fundou os Flechas “para travarem a UNITA que queria fazer a guerrilha na região”. O sucesso destas forças levou a multiplicar os grupos em todos os teatros de operações.

Em 1976, Óscar Cardoso foi para a Rodésia de Ian Smith onde criou forças especiais para enfrentar os guerrilheiros da ZANU, comandados por Robert Mugabe. Um ano depois foi para a África do Sul organizar as forças de Savimbi na guerra contra Angola. Pela primeira vez, depois da “Revolução dos Cravos” em Portugal e a extinção formal da polícia política portuguesa, um alto responsável da PIDE fala do percurso de Savimbi ao serviço de Portugal e do apartheid.

Jornal de Angola - Foi para Angola como militar ou já ao serviço da PIDE?

Óscar Cardoso - Eu era um homem de confiança do regime e a PIDE soube que o director da polícia em Angola, São José Lopes, estava metido numa conspiração com a Rodésia e a África do Sul para proclamarem a independência do território. Com São José Lopes estavam pessoas com grande poder económico na província. Era preciso travar aquilo. Fui para Luanda com essa missão. Nessa altura já era inspector.

JA - Conseguiu travar essa conspiração?

OC - A minha missão era secreta, mas São José Lopes soube tudo ainda eu não tinha desembarcado em Luanda. Por isso, quando cheguei, mandou-me para o Cuando Cubango alegando que havia movimentos subversivos na região que era preciso travar. Quis ver-se livre de mim, rapidamente. Na verdade as forças do MPLA usavam o norte do Cuando Cubango para se infiltrarem no planalto central e o Savimbi queria fazer a guerrilha naquela zona. Eu estudei antropologia na Escola Colonial e interessei-me pelos khoisan, os chamados bosquímanos. Conheci-os ao vivo. Quanto à conspiração, eles pararam na altura mas nunca abandonaram o projecto. Logo a seguir ao 25 de Abril, retomaram-no.

JA - O que concluiu com os seus estudos?

OC - Os bosquímanos foram empurrados para os locais mais inóspitos e por isso odiavam todos os que não eram da tribo. Verifiquei que eram pisteiros espantosos. Liam os rastos como nós lemos um livro. Sabiam se as pegadas eram de homem ou mulher, se iam carregados ou não. Um dia até me disseram que a pista era de uma mulher grávida. O administrador Amaral Pontes tinha uma grande paixão pelos bosquímanos. Chamavam-lhe Tata Kun. Um dia decidimos fazer deles uma força contra os grupos da UNITA que queriam implantar-se no Cuando Cubango. Como as suas armas eram os arcos e flechas, pus-lhes o nome de “Flechas”.

JA - Como conseguiam enfrentar forças armadas só com arcos e flechas?

OC - As flechas eram armas terríveis. Eles conhecem um tubérculo altamente venenoso que fica uns dias em infusão. Depois embebem as pontas das flechas naquele líquido e quando acertam nas presas, elas ficam paralisadas. Nem os elefantes resistem ao veneno. Os Flechas arrasaram os homens da UNITA porque eles tinham medo da noite. Os bosquímanos conhecem a noite tão bem como o dia e atacavam o inimigo quando estava a dormir. Seguiam o lema do general chinês Sun Tse Wu, que existiu há mais de 3500 anos: sejam mais rápidos que o vento e tão misteriosos como a mata. Sejam destruidores como o fogo e silenciosos como as montanhas. Sejam impenetráveis como a noite e furiosos como o trovão.

JA - Os Flechas no Leste também eram bosquímanos?

OC – Não. Dado o êxito dos Flechas no Cuando Cubango, decidimos criar unidades em todos os postos situados no teatro de guerra. Em Gago Coutinho (Lumbala Ngimbo) foram recrutados os antigos guerrilheiros que se entregaram ou foram feitos prisioneiros. Depois também recebemos um grande reforço dos guerrilheiros da UNITA comandados pelo major Sachilombo, formado na academia militar de Nankin e que na época era o número dois da UNITA.

JA - A UNITA foi criada pela PIDE?

OC - Não, a UNITA foi criada pelo Savimbi e mais alguns companheiros, que receberam treino político e militar na China. Nós conhecíamos o perfil de todos e quando se instalaram na Frente Leste fomos estabelecendo contactos. Eles estavam a ser muito úteis porque combatiam as forças do MPLA. Mas depois infiltraram-se na zona do Munhango e começaram a incomodar a actividade dos madeireiros. Nessa altura fizemos o que qualquer força de inteligência militar faz: estabelecemos contactos com Savimbi e os seus oficiais.

JA - Está a falar da “Operação Madeira”?

OC- Exactamente. O pessoal da PIDE e do comando da Frente Militar Leste começou a estabelecer contactos com Savimbi e os seus oficiais. Conseguimos resolver o problema dos madeireiros. Logo nos primeiros contactos verificámos que o Savimbi tinha muito gosto em trabalhar connosco. O general Bettencourt Rodrigues, um militar extraordinário, deu luz verde e a UNITA passou a combater ao lado das tropas portuguesas.

JA - Quem fez os contactos com a UNITA no Munhango?

OC - Alguns nomes são públicos, mas eu não vou repeti-los. Por uma questão de ética só dou eu a cara. E refiro o senhor general Bettencourt Rodrigues porque ele nunca escondeu o seu papel na Operação Madeira. O Savimbi estava cheio de vontade para combater as forças do MPLA e nós fizemos-lhe a vontade.

JA - Savimbi fez alguma exigência para lutar ao lado das tropas portuguesas e dos Flechas da PIDE?

OC - Fizemos um acordo, ele combatia os guerrilheiros do MPLA e nós dávamos em troca armas, apoio logístico e médico. O Savimbi esteve várias vezes internado no Hospital do Luso (Luena). Ele tinha problemas de saúde que se agravaram mais tarde. Recebeu tratamento várias vezes num hospital da África do Sul que tinha uma área secreta, destinada exclusivamente ao pessoal da UNITA.

JA - Depois da “Operação Madeira” a UNITA fez operações contra a tropa portuguesa?

OC - Fez algumas, para limpar a imagem. Quando se soube que Savimbi estava do nosso lado, perdeu prestígio em África. E ele queria mostrar que eram mentiras para o prejudicar. Fez uma operação que quase me custou a vida. Mas Deus salvou-me.

JA - Não me diga que Deus estava ao lado da PIDE?

OC - Pensem o que quiserem, mas eu fui salvo por Deus. Quando os comandantes Sachilombo e Pedro foram para Gago Coutinho, algum tempo depois começaram a circular notícias que davam a UNITA como uma organização ao serviço da PIDE. Então o Savimbi, que era muito traiçoeiro, resolveu fazer uma operação para limpar a imagem negativa. Armou-me uma cilada. Queria matar-me, matar um coronel da Força Aérea da África do Sul e o major Sachilombo.

JA - O que aconteceu?

OC – O Savimbi mandou dizer que queria mandar um grupo grande de guerrilheiros para nos ajudar na III e na IV Região do MPLA. Disse que o comandante Nzau Puna ia comandar esses grupos. Montámos a Operação Viragem e tratámos de todos os pormenores. O ponto de encontro era perto de Cangamba. Nós mandámos Flechas por terra em direcção ao local. Eu e o major Sachilombo fomos num helicóptero sul-africano, pilotado por um coronel. Aterrámos a cinco quilómetros do objectivo, num pequeno planalto, como estava previamente combinado. Veio ao nosso encontro um homem andrajoso, mas com as mãos e as unhas bem tratadas. Fiquei desconfiado com isso.

JA - Retiraram da zona?

OC - Desconfiei e manifestei as minhas desconfianças ao major Sachilombo. Mas decidimos acompanhar aquela figura estranha. Dois quilómetros à frente, encontrámos os nossos Flechas. Estavam todos sem armas. Disseram que os oficiais da UNITA lhes pediram para guardarem as armas porque estávamos numa operação de amizade e não fazia sentido andarem armados. Fiquei ainda mais desconfiado. O guia indicou-nos um morro a cerca de dez quilómetros. Era lá que estavam os homens da UNITA e o Savimbi. Nesse momento o major Sachilonmbo chamou-me à parte e disse para sairmos imediatamente dali. Dissemos aos homens para se dispersarem e esperarem a chegada do helicóptero.

JA - Como escaparam?

OC - Partimos apressadamente para o helicóptero e quando levantámos voo pedi ao piloto para sobrevoar o morro onde estava Savimbi e os seus homens. Mas o piloto disse que tinha pouco combustível e era melhor regressar a Cangamba para abastecer. Chegámos a uma hora que já não dava para regressar. No dia seguinte, ao nascer do sol, partimos para o local. Estava tudo limpo, mas sobre o morro caía uma chuva torrencial. Não se via nada. Demos algumas voltas até que o nosso radiotelegrafista em terra nos disse que quase todos os Flechas tinham sido mortos pela UNITA. Disse-lhe para desligar o rádio e esconder-se. Montámos uma operação de resgate. Os Flechas em terra tinham sido esquartejados. Foi horrível. Se não fosse aquela chuva hoje não estava aqui.

JA - Acabaram aí as relações com a UNITA?

OC - Continuaram, mas quisemos saber o que tinha acontecido. Os seus homens disseram que o Savimbi decidiu montar a Operação Baile para limpar a imagem da UNITA. Queria apresentar a minha cabeça, as do major Sachilombo e do coronel sul-africano. Além disso ficava com o helicóptero como troféu. Assim provava que nada tinha a ver com a PIDE e ainda acusava os portugueses de estarem aliados à África do Sul. Dizer ao mundo que tinha morto em combate o fundador dos Flechas era um grande trunfo. E fazia o papel de justiceiro em relação ao major Sachilombo.

JA - Essa foi a única operação contra as forças portuguesas?

OC - Ainda fizeram mais uma ou duas operações contra as forças armadas portuguesas, sempre para mostrar que a UNITA lutava contra nós. Eu alertei para este comportamento, mas nada pude fazer quando, depois do 25 de Abril, a inteligência apresentou Savimbi como o “muata da paz” e a UNITA como o “movimento dos brancos”.

JA - Ninguém o quis ouvir?

OC - Não, eu estava de licença graciosa em Portugal e apanhei lá os acontecimentos do 25 de Abril. Perdi os contactos e não pude agir. Aquela ideia de fazer do Savimbi o grande dirigente angolano da paz foi um erro trágico. Perderam os angolanos e os portugueses. Depois fui preso no Forte de Peniche. Estive lá dois lados. Comandei o forte e depois fui prisioneiro. Mas nunca ninguém me tocou com um dedo. Só quiseram destruir-me psicologicamente. Resisti.

JA - O senhor era considerado da linha dura da PIDE.

OC – O que é isso da linha dura? Nunca torturei ninguém. Nunca toquei com um dedo num preso. Havia um dirigente estudantil que andava a fazer asneiras. Foi preso. Quando o interroguei percebi que ele não valia nada. Telefonei à mãe para ir buscá-lo à sede da PIDE. No dia seguinte todos os estudantes souberam o que aconteceu e ele perdeu o prestígio. Depois do 25 de Abril reapareceu e hoje é um grande político. Mas confesso que, por vezes, era preciso dar uns calores.

JA – A PIDE tinha infiltrados nos movimentos de libertação.

OC – Sim, nós tinhamos e eles também tinham pessoas infiltradas nos nossos serviços.

JA - Depois do 25 de Abril foi julgado em Tribunal Militar?

OC - Fui julgado e na minha folha de serviços constavam relevantes serviços prestados à pátria, no Exército, na GNR e na PIDE/DGS. Apanhei dois meses de prisão por não me ter apresentado semanalmente no posto da GNR, como tinha sido determinado pelo Tribunal civil. Nos meses que se seguiram ao 25 de Abril soube que a UNITA tinha torturado e assassinado o Soba Matias no Cuando Cubango. Fiquei em choque. Ele era um valioso combatente ao serviço de Portugal.

JA - Quem era o Soba Matias?

OC - Um grande homem. Um dia foi ter comigo ao posto da PIDE em Serpa Pinto (Menongue) e disse que andavam homens da UNITA a fazer mal ao povo. Pediu-me oito armas para ir apanhá-los. Confiei nele e entreguei-lhe as armas. Apanhou os guerrilheiros da UNITA. Desde então, foi um combatente extraordinário. Depois do 25 de Abril os homens da UNITA foram à sua aldeia e mandaram-no arriar a bandeira portuguesa. Ele recusou. Torturaram-no até à morte e esquartejaram-no para servir de exemplo ao povo. Foi terrível.

JA - Mesmo sabendo disso, foi trabalhar com Savimbi na África do Sul?

OC - Eu tive de fugir de Portugal. Passei 730 dias preso em Peniche e quando saí em liberdade condicional, participei em algumas operações do ELP e do MDLP. Fui denunciado e os revolucionários queriam prender-me outra vez. Quando o autocarro se atrasa 15 minutos ficamos logo nervosos. Eu passei 730 dias da minha vida no Forte de Peniche. Não queria ficar preso nem mais um minuto. Contactei os meus amigos da Rodésia e fui para lá. Saí de Portugal clandestinamente e em Madrid os meus amigos do MDLP arranjaram-me um passaporte. Eles tinham muitos passaportes, em branco. Tive que arranjar um nome falso.

JA - Como passou a chamar-se?

OC - Rogério Ramon Pinto de Castro. Cada nome destes correspondia ao meu pseudónimo nas organizações a que pertencia: Exército de Libertação de Portugal (ELP), Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), Frente de Libertação dos Açores (FLA) e Frente de Libertação da Madeira (FLAMA). Preenchemos o passaporte e um amigo fez um carimbo com uma batata para parecer verdadeiro. Assim embarquei para Salisbúria (actual Harare, capital do Zimbabwe).

JA - Em Portugal participou nos atentados do MDLP e do ELP?

OC - Ajudei a fazer atentados. Mas só atacámos as sedes do Partido Comunista. Ainda tentámos salvar Portugal, mas quando precisámos de um presidente, o general Spínola fugiu para o Brasil. Percebi logo que aquilo não ia dar nada.

JA - António Spínola não era o vosso chefe?

OC - Nunca foi. O ELP foi fundado pelo coronel Santos e Castro. O MDLP foi criado pelo comandante Alpoim Calvão. A FLAMA tinha pouco peso e a FLA não ia a lado nenhum. A CIA pediu-me para ir aos Açores ver se havia possibilidades da independência do arquipélago. Mas isso só era possível se derrotássemos os comunistas. Moscovo estava por trás do 25 de Abril. Eles queriam Portugal na órbita comunista por causa das colónias. Mas percebi logo que não íamos a lado nenhum. Então decidi oferecer os meus préstimos à Rodésia.

JA - Trabalhou com a CIA?

OC - Sim, trabalhei mas só depois do 25 de Abril. Fui aos Açores ver se havia possibilidade de declarar a independência do arquipélago. Os meus contactos foram muito importantes, mais tarde. O meu amigo Daniel Chipenda foi abandonado pelos americanos depois da independência de Angola e eu meti-o na CIA.

JA - Antes de irmos à Rodésia: qual foi o papel de Mário Soares no Verão Quente?

OC - Serviu-se de nós. Ele queria poder a todo o custo. Apoiou os operacionais do ELP e do MDLP, trabalhou com a CIA, fez tudo o que Carlucci lhe mandou fazer. Quando conseguiu o que queria, abandonou os amigos. É muito parecido com o Savimbi. Por isso, sou capaz de me sentar à mesa com todos, menos com os socialistas.

JA - Qual foi o seu papel na Rodésia de Ian Smith?

OC - Organizei as forças especiais, para enfrentarem os guerrilheiros da ZANU. Eu ganhei muita experiência em Angola e acabei por criar “Flechas” na Rodésia. Um ano depois, fui-me embora. Eles tratavam-me como se fosse um criado. Nunca fui tão maltratado. Meti-me num avião e aterrei em Joanesburgo. Viram o apelido Castro no meu passaporte, o meu rosto barbudo e disseram que era um espião cubano. Pedi um rand para telefonar ao brigadeiro Ben Roos. Recusaram. Ofereci dez dólares rodesianos por um rand. Nada. Depois veio um oficial, ouviu a minha história e deu-me um rand para telefonar. Falei com o brigadeiro e ele mandou logo os seus homens tirar-me do aeroporto.

JA - Foi assim que ficou a trabalhar com os sul -africanos?

OC - A minha ideia era essa. Ben Roos disse-me que a África do Sul estava a preparar a batalha final contra Angola e que iam ganhar. Convidou-me para ser o oficial superior de ligação com os homens da UNITA e do Batalhão Búfalo. Aceitei. Mas alertei imediatamente o brigadeiro para a personalidade do Savimbi. Ele já sabia tudo . Foi assim que fui parar a Oshakati, onde montei o comando. E comecei a trabalhar com o pessoal da UNITA.

JA - Quem era o seu contacto?

OC - Era o senhor Isaías Samakuva, um homem muito apagado e extremamente limitado. Tinha pouco rasgo. Não é fácil trabalhar com pessoas que não percebem nada do que lhe dizemos. Expliquei-lhe que a África do Sul queria que a UNITA servisse de tampão aos avanços da SWAPO. Mas o Savimbi tinha-lhe dito que a UNITA estava a lutar contra os cubanos e os russos e ele repetia esse discurso por tudo e por nada. Mas não tomava qualquer decisão. Quando vejo que hoje é líder da UNITA, fico admirado. Ele não serve para liderar seja o que for. Não tem qualidades.

JA - Nesta altura falou com Jonas Savimbi?

OC - Muitas vezes. Mas ele nada tinha a ver com as operações, os sul-africanos não lhe davam confiança para isso. Em Oshakati e no Rundu só tratávamos de inteligência, de operações militares e de sabotagens. O Savimbi era o político, nada tinha a ver com estas coisas. A base militar principal era na Jamba. Os sul-africanos e os americanos criaram ali aquela estrutura, grande em qualquer parte do mundo. Lá nada faltava. Mas eu estava mais ligado à inteligência e às operações. No início, o objectivo era travar a SWAPO. O Savimbi aceitou as regras, mas cedo mostrou que o seu único pensamento estava no combate ao MPLA para um dia chegar ao poder em Angola. Além de traiçoeiro, ele era de uma ambição sem limites.

JA - Qual era a sua missão?

OC - Fazia tudo. Vezes sem conta fui levar armas e munições à fronteira. Transportei dezenas de feridos. Eles eram retirados de Angola em bicicletas e chegavam à fronteira num estado lastimável. Quase sempre tinham que ser mandados para o Rundu. Quando o Hospital de Ondângua não respondia à gravidade dos feridos, iam para Pretória, para o Hospital Voortekerhoogte. Ali os serviços secretos criaram uma área só para o pessoal da UNITA. Ninguém tinha acesso a essa zona. Médicos, enfermeiros, técnicos e pessoal de apoio eram todos credenciados pelos serviços secretos.

JA - A UNITA usava armas sul-africanas?

OC - Nem pensar. A África do Sul não podia arriscar tanto. Montámos um esquema perfeito. Comprávamos armas de origem soviética à Hungria e a UNITA dizia que aquele material era apreendido às FAPLA nos combates. Todas as armas eram soviéticas. Entregávamos o material em Omungwelume, no Marco 14. Ali era o centro logístico. No Rundu tínhamos o grande aeroporto onde chegavam os aviões carregados de material. Nesta altura, também estava activo o Batalhão Búfalo, treinado pelo meu amigo Jan Breytenbach, um grande militar sul-africano. E tínhamos Flechas do Cuando Cubango. Hoje vivem algures na África do Sul, abandonados por todos.

JA - Na Jamba encontrou aqueles políticos portugueses que iam ver Savimbi?

OC - A Jamba era mais para mostrar a organização da UNITA e eu trabalhava como operacional. Ali estavam todos seguros, os aviões da Força Aérea Angolana não tinham capacidade de ir lá bombardear e regressar às suas bases. Os portugueses iam mais para tratar de negócios. Os diamantes e o marfim fizeram muitos amigos à UNITA.

JA - Sabe o que aconteceu com o avião de João Soares?

OC - Claro que sei. O avião era de um grande amigo meu, Joaquim Silva Augusto, comerciante no Rundu. Ele como piloto não era grande coisa. Carregaram os porões com pontas de marfim e com diamantes. Levantaram voo, mas o Augusto não conseguiu aguentar o aparelho no ar. Foi terrível, ficaram todos em mau estado. Foram transportados para o Hospital Verwoerd, onde a minha mulher era enfermeira. Só sabíamos que o Augusto estava gravemente ferido. A minha mulher foi imediatamente para o hospital, mas não encontrou o Augusto, estava a fazer exames de Raios X. Os outros tinham os olhos negros, estavam irreconhecíveis.

JA - Como soube que um dos feridos era João Soares?

OC - A minha mulher soube que os feridos eram todos portugueses. No dia seguinte já encontrou no hospital a mãe e a esposa de João Soares. Ele estava gravemente ferido. O nosso amigo Augusto, também. O tráfico de diamantes e de marfim daquela vez correu mal.

JA - João Soares diz que isso é invenção do Jornal de Angola.

OC - O avião estava cheio de marfim e diamantes. Perguntem ao nosso amigo Augusto, que ele confirma tudo. A UNITA roubava os diamantes em Angola e matava os elefantes. Depois os amigos iam à Jamba buscar o material.

JA - É verdade que os sul-africanos pediram a Mário Soares apoio à UNITA, em troca de lhe salvarem o filho?

OC - Desconheço. O Mário Soares não foi à África do Sul ver o filho ao hospital. Maria Barroso esteve lá muitos dias. A esposa de João Soares também. É uma situação interessante. Eu trabalhava com os sul-africanos na ligação com a UNITA. E Mário Soares apoiava a UNITA em Portugal. Estávamos unidos no mesmo objectivo. Mas para mim, esse homem foi o que de pior aconteceu à minha querida pátria.

JA - Pertencia às Forças Armadas Sul-Sfricanas?

OC - Trabalhei sempre com a inteligência militar. E sou coronel na reforma da Força Aérea da África do Sul. Fui condecorado. Quando chegou a altura de ir para casa perguntaram-me se queria uma pensão mensal ou se queria receber tudo de uma vez. Preferi o dinheiro todo. Deram-me 100.000 euros. Fui muito bem tratado na África do Sul. Participei nas negociações que conduziram à retirada das nossas tropas de Angola.

JA - Como oficial das forças sul-africanas?

OC - Sim, nessa condição. Era perito em inteligência militar. Reuní-me com os oficiais angolanos e tratámo-nos todos com respeito. Do lado angolano estava gente com muito valor. Retirámos as nossas forças para além do paralelo determinado. Mas a guerra através da UNITA continuou até à Batalha do Cuito Cuanavale. Foi a batalha final. Os angolanos saíram vitoriosos. Tenho de reconhecer que foram heróicos, bateram-se pela pátria deles, como ninguém. São os vencedores.

JA - Tem alguma pensão do Estado Português?

OC - Tenho uma pensão, porque servi Portugal no Exército, na GNR e na PIDE/DGS. Fui condecorado e louvado. Mas agora andam a cortar-me a pensão. Estou muito triste com o presente de Portugal e apreensivo quanto ao futuro. Há demasiada corrupção. Deve ser o país mais corrupto do mundo. Depois as manobras do super capitalismo estão a lançar as pessoas na pobreza.

JA - Como vê as relações com Angola?

OC - Também estou apreensivo. A maneira como tratam Angola é revoltante. Há situações de autêntica irresponsabilidade. Mas Angola e Portugal estão condenados a ter boas relações. Espero que todos os problemas sejam ultrapassados. A presença da China em Angola também me preocupa. Se eles não tivessem ambições expansionistas, não tinham um exército tão grande. Aqueles milhões de homens em armas não são apenas para as paradas.





Reality Show Big Brother Angola 2014, DEVE SER RETIRADO DO AR

ABAIXO ASSINADO
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Nós cidadãos Angolanos, filhos desta pátria, em memória ao sangue derramado pelos nossos heróis, que nos deram a escolha a liberdade, em nome da pátria Angolana, em nome de todo o cidadão que defende os bons costumes da nação, em nome do desenvolvimento e prosperidade, pelos plenos direitos de cidadania e patriotismo que prezam na nossa constituição; 

Vimos por meio desta PEDIR a retirada do ar do Reality Show transmitido por um serviço da MultiChoice África que promove a distribuição de canais de televisão via satélite, transmitida em direto e em exclusivo na DStv, chamado de Big Brother Angola 2014, pois entendemos que:

Este programa não contribui para a boa formação da nossa sociedade, mas antes, pelo contrário, presta um desserviço público a nossa nação, uma vez que ele não atende aos PRINCÍPIOS determinados na constituição angolana, Lei n.º 7/06 de 15 de Maio, CAPÍTULO I, Secção II Artigo 7.º 1.b) proteger e garantir o direito ao bom nome, à imagem e a palavra, e à reserva da intimidade da vida privada dos cidadãos; 1.d) a protecção da saúde e da moralidade pública; Secção II (Interesse Público) Art 11.º em seus pontos 1.a) contribuir para consolidar a Nação Angolana, reforçar a unidade e identidade nacionais e preservar a integridade territorial; 1. e) promover o respeito pelos valores éticos e sociais da pessoa e da família;

Portanto, a nossa Constituição Nacional não admite que o aviltamento dos valores morais e éticos sejam transmitidos em rede internacional e nacional. Logo, asseveramos que o Reality Show Big Brother Angola 2014, DEVE SER RETIRADO DO AR, ainda que esteja a ser realizado fora do território nacional, transmitido em rede privada e permitirá apenas a participação a maiores de 21 anos, pelo simples facto de estar a expor a imagem do cidadão angolano pois, o mesmo:

1. Divulga e promove desde de suas etapas de pré-seleção de seus candidatos e durante sua programação, a ética da exclusão;

2. Promove e privilegia a mulher-objecto, fazendo com que suas participantes femininas sirvam tão somente de objetos de voyeurismo sexual de suas audiências;

3. Incita e dá a entender que “pelo jogo” vale tudo, atentando contra todo tipo de éctica estabelecida para as boas relações, no que diz respeito as conquistas de oponentes;

4. Ajuda a alimentar a alienação da população com a sedução da ilusória participação telefônica;

5. Não ajuda na formação de um povo consciente e cidadão de bons costumes e de boa índole.

Diante do exposto, CONCLUÍMOS, pois, afirmando que este programa deve sair do ar e que esta é a nossa vontade, devendo haver notificação a CONCESSIONÁRIA para que no lugar deste programa nocivo a nossa sociedade seja transmitido programação que verdadeiramente contribua e sustente nosso Estado de Direito e valores.


Fonte: O Futuro Nos Pertence
Visão ocultada

Visão ocultada

Somos jovens com a visão ocultada, bloquearam os nossos ideais com o conformismo, não percebemos a diferença que há entre a liberdade e o colonialismo, somos a geração da utopia, a geração que estuda mas não investiga, somos nós os jovens banhados pelo preconceito racial, jovens com ideias críticas no coração mas a nossa boca só sabe bajular, somos os quadros com diplomas encostados, somos nós a geração do anda para, a geração perdida. REFLEXÃO! #mais_1passo_para_mudança

As autoridades angolanas consideram ter havido uma tentativa de golpe de Estado, o então "fracçionismo".

Foi num dia como hoje mas em 1977, que começou a repressão. As autoridades angolanas consideram ter havido uma tentativa de golpe de Estado, o então "fracçionismo".
37 anos depois, o 27 de Maio ainda é um tema tabu em Angola.
O que mais parece chocante e utópico na repressão que se seguiu à alegada tentativa de golpe de Estado, ao primeiro presidente angolano após a independência Agostinho Neto, é que as vítimas não foram inimigos do governo, mas sim membros do MPLA, partido no poder e assim, da própria família política da direcção do país.
Há relatos de famílias chacinadas, presos enterrados vivos, corpos lançados de aviões, fuzilamentos arbitrários, tortura aplicada com uma crueldade indescritível.
As cadeias eram sucessivamente cheias e esvaziadas, muitos foram decapitados sem se conhecer a razão (os executores são os que nos governam hoje, à mando de Agostinho Neto).

Sugestão para leitura:
O Massacre esquecido de Angola-José Milhazes (historiador português)
HISTÓRIA!
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"Sita Valles"

"Sita Valles"
Sita Valles deu ao horror um rosto, Valles foi fuzilada às 5 horas da manhã de 1 de Agosto de 1977. Foi atingida por um tiro em cada perna, um tiro em cada braço, o corpo caiu na vala previamente aberta antes de ser dado o tiro de misericórdia.
Sita Valles havia sido torturada e violada várias vezes pelos Homens da DISA, rebelde até ao úlitimo minuto, recusou a venda e obrigou os Homens do pelotão de fuzilamento, a enfrentarem o seu olhar.

A portuguesa, nascida em Cabinda, tinha então 26 anos e trocara uma vida corfortável em Portugal e um curso de Medicina para regressar a Angola, país que considerava ser o seu para defender a Ortodoxia Soviética em supostos tempos de Democracia.
Sita Valles é talvez a mais conhecida das vítimas da purga do MPLA, ela e o marido José Van-duném Comissário Político do Estado Maior e Nito Alves, ex-ministro do Interior.
Obs: In medias res'
HISTÓRIA!


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*No mundo das ideias e da criatividade, existem duas alas:

*No mundo das ideias e da criatividade, existem duas alas:

*No mundo das ideias e da criatividade, existem duas alas:
Os Motivadores e os Imitadores.
-Os Motivadores ajudam-nos a crescer, proporcionando novas ideias;
-Os Imitadores reproduzem as nossas ideias e mantêm estático a nossa caminhada e luta pela busca do saber.
VISÃO!
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A Constituição é para a República o que é a Bíblia para o cristianismo

A Constituição é para a República o que é a Bíblia para o cristianismo, o Alcorão para o islamismo e o Agnosticismo para os agnósticos.
Não faz sentido criar leis que consequentemente são escamorteadas por quem às cria.

Sinto-me um tanto quanto analfabeto e ingénuo quando o que tenho colhido pelos meus mestres da sapiência, é descredibilizado por mentes formatadas.

Solidarizo-me com todos os manos, que estiveram ou estão na manifestação a dar um "BASTA AS CHACINAS ARBITRÁRIAS" a lei consagra tal acto.

*Os grandes Homens diziam: aquele que não luta por algo, nunca foi dígno de viver.
FACTO SOCIAL!
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